18 de maio de 2014




Nada na nossa vida podemos prever, ainda que imagine acontecer.
Podemos calcular a probabilidade de vários fatos...
Mas existem ainda aqueles que não esperamos.
São verdadeiras caixinhas de surpresa que nos deixam, a princípio, sem reação.
Que demoram para nos fazer entender. E nem sempre o fazemos.
A racionalidade que usamos pra resolver muitas coisas na nossa vida, nem sempre são de fato razões que entendemos.
Agora  não tento, nem acho que posso. Só sinto.
Sinto e procuro dentro de regras e padrões, acontecimentos que nunca serão  gêmeos idênticos  a esse. Busco referências para tomar decisões e pensar em consequências.

Após a atitude tomada sobre o imprevisto e impensado,  não importa se destino, sorte ou coincidência... Eu senti, eu sinto e espero que fique tudo bem. Ta... Ta!

Sobre estrelas no Pólo Norte



É estranho porque a sociedade diz ser. Como interessados e membros integrais deste meio, "deve" ser estranho para estes também.
É diferente porque é tão parecido assim. Tão perto assim, por fora, por dentro... Doce, tranquilo, respeitoso... assim então, confuso.
E porque é tão bom ser assim, ele é ainda mais confuso.
E quando o sorriso aumenta, e o frio na barriga também vem, é igual a tomar de sorvete, e querer parar de tomar porque precisa, caso contrário vem mais, e mais, e no fim... fim



Quanto mais as estrelas brilham, mais tenho medo de não vê-las mais. Sem ferramentas para eternizá-las, não as encaro, não espero o anoitecer... apenas sorrio quando num encontro com o céu limpo, percebo que em seu lugar, elas estão bem, e estou bem.

27 de novembro de 2010

Sinais x Risco



Até que ponto os sinais são sinais, e quando eles viram falta de coragem de encarar as dificuldades, falta de persistência?

Quero dizer, nem tudo acontece de mão-beijada. Às vezes precisamos fazer esforços para obter aquilo que queremos, e isso só depende do quanto queremos e o quão longe estamos dispostos a ir pra isso.

O problema é que muitas vezes, situações inesperadas simplesmente aparecem como mais um obstáculo no nosso caminho. É aí que paramos para pensar duas vezes antes de continuar “Será isso um sinal para me indicar que essa não é uma boa escolha?” ou “Nem isso me impedirá de ter o que tanto desejo”.

É que para alguns “pagar para ver” é muito mais válido que passar o resto da vida imaginando o que teria acontecido. Para outros a situação cômoda de permanecer assim seguro, no que já conhece, e não correr o risco de arrependimento, facilmente se “escondem” no fato de receber um sinal para indicar o caminho, eventualmente estando correta e contando vantagem de dizer “eu sabia, eu estava sentindo”.

É certo que nada acontece ao acaso. A questão é: Qual o acaso certo?

A estrada da vida possui placas indicando direções e o modo como devemos conduzir, mas também, em alguns desses caminhos sentimos a falta delas ou encontramos buracos, desvios, distrações.

No fim das contas, temos que nos apoiar em probabilidades e tentativas de prever as conseqüências, para finalente... arriscar ou arriscar.

Laura Calheiros Gomes Ribeiro

10/11/2010

18 de abril de 2010

Saudades de minha boba vida


Saudades de minha mente ignorante. Saudades de quando ela não sabia de quase nada.

E sem experiência ela não podia mandar.

Mas o tempo passa. Passou. E ela herdou o patrimônio da minha bomba de vida, que tristemente se aposentou.

Não fez nada além de seguir a evolução da sociedade, a revolução digital. Meu chip está no comando, o mecanismo em segundo plano.

E minha mente infelizmente, funciona na matemática. Razão esta, que por mais precisa que seja sempre será incerta.

Pensei em trocar meu coração, mas não. Não! Quero que meu bom e velho reassuma posição.

E quero formatar meu chip. Deixar salvo apenas lembranças felizes, e nenhum resultado de minhas ações.

Quero botar óleo no meu coração! E reaprender tudo. Agir com felicidade e experimentar. Sem me preocupar com o que vai causar.

Ser boba, inocente. E reaprender a viver.

Finalmente entendi o significado, que já dizia um velho sábio,

Para vida, devo sentir com minha mente, e pensar com meu coração

Laura Calheiros, 18 de abril de 2010

22 de março de 2010

Poisoned



Olhe diretamente dentro de mim. Verá que na altura da barriga algo a faz congelar, e solta uma brisa que a faz arrepiar.
E se olhar mais encima, na altura da cabeça, talvez você descobrirá (me explique se puder), o vírus ou a falha que me dá um pani no sistema de idéias, e metade do cérebro fica em blackout, transmitindo puras besteiras à minha boca. Só besteiras.
Talez descubra onde é o vazamento que faz a água escorrer nos canais da boca (é baba), e nos canais da pele (é suor de nervoso).
Ah é! O nervoso deve vir das placas batendo constantemente. O que as causam? Vem do mesmo vento da barriga?
Talvez encontre o DJ que insiste em remixar com minhas cordas vocais, o famoso disco enganchado. Me dá uma gagueira!
Descubra porque mesmo com toda essa muvuca acontecendo, algo muito eficiente insiste em trabalhar lustrando meus olhos. Eles brilham sem parar. E faz até cócegas, pois não paro de sorrir.
Aí meu coração enlouquece e tenta trabalhar dez vezes mais para tentar ajustar o sistema. Aí não dá muito certo porque sua velocidade fora do normal cria correntes de ar entrando e saindo cada vez mais rápido pelo nariz e pela boca. É difícil respirar. Nisso, também deixa (como qualquer vento), tudo quanto é cabelo em pé. Tudo arrepiado.
Agora, se você não conseguir... Soube de um boato.
Ouvi dizer que é culpa de uma substância liberada pelo corpo na presença de alguns específicos indivíduos da mesma espécie.
E a solução? Ou o afastamento (causando dor passageira com a eliminação aos poucos do líquido), ou o antídoto encontrado apenas na boca desse outro indivíduo (dosagem que deve ser tomada regularmente). Não só estabiliza o sistema, como também traz surtos de felicidade.
Efeitos colaterais: Possibilidade de eliminação lenta e indolor do líquido. ou bem-estar e qualidade de vida prolongados.
Aviso: O causador do efeito, doador do antídoto, está sujeito, com 99% de possibilidade, à dividir o líquido com a vítima durante o tratamento. Desfrutando assim, dos mesmos sintomas.

Laura Calheiros, 22 de março de 2010

29 de outubro de 2009

A...

UNFINISHED

Precisar pederpara dar valor
É o sol que brilha todo dia, mas não notamos que seus raios são nossa visão
É como inspirar todo dia, sem agradecer por ter pulmão
É como viver a beira do mar, mas esquecer do privilégio de sentir a brisa entrar
É como viajar com a família pra onde fôr, e levar junto o computador
É como quando o caçula pula em você de manha na cama, Mas você só ignora e reclama
É quando surge o fruto na árvore do seu jardim bem cuidado, mas você o compra no supermercado.
É quando no verão começa a chover, mas você não quer se molhar nem se aquecer
É toda noite trocar um "sonhe comigo", e esquecer de agradecer por estar contigo
É ter uma boa música a tocar, e simplesmente não querer dançar
É ser desejado do jeito que você é, mas querer ter o perfil perfeito que o mundo quer
É alguém que pode engravidar, não querer procriar
É ter energia para viver, e esperar o tempo mover
É quando alguém quer saber como foi seu dia, e não consegue responder com alegria
É ver o nascer do sou com quem ama, enquanto suplica por uma cama

É ter você, e te deixar partir.

Laura Calheiros - 29/10/2009

8 de setembro de 2009

Evidências de um crime

Evidências de um crime.
Precisava apagar. O papel amarelado, meio rasgado e manchado. Manchas das consequências amargas que causou.
A tinta espalhada no tapete, o grande tapete 3 por 3 da sala, carregado de poeira. A tinta do vidro quadrado, estraçalhado, cujo conteúdo não possi mais valor. É impossível recolher, mas marcará para sempre. O tapete será lavado e abandonado.
Mágoas que serão ignoradas.Evidências de energia.
BLACKOUT! Se dissipou. Era inconstante, oscilava.
E de propósito sua fonte acabou.
A energia, tinta vermelha, o vidro, o tapete...
O papel será queimado, e fogo não tem escolha.
Se pudesse cuspia fora. Sempre foi considerado o ódio e o pecado.
Não tem escolha, não tem. Erforcem-se para lembrar que ele também dá prazer. Que faz querer a vida.
O papel sim é o maldito. Guarda todo o rancor.
Aos poucos vai desaparecer como se nada tivesse acontecido.
Conseguiu escapar, e daí?
O fogo vai é discipar. AH, vai sim.
Espera só para ver. A energia se perde...
Claro que não! Sonha vai.
Ela se transforma. Roda, roda, roda.
E ela volta.
O papel queimou
O fogo calou
O tapete foi levado
O vidro esquecido
A evidência... ela volta.
Espera. Ela volta.

24 de julho de 2009

Com vocês... na tela de hoje...

Abandonada. Olhando agora de fora do mundo. Olhando diante duma tela para um filme do qual foi jogada para fora.
Há quem te espere lá dentro... Quem te procure na cena em que antes estava e que como mágica o deixou vazio. É uma dos únicos personagens em seu filme que lhe fazem falta realmente. E que te fazem querer mergulhar novamente naquele quadrado que ilumina e ilude, a vida.
Há os que não notam. Ou notam, e esquecem.
Os que deixam passar despercebido, e os que fingem se importar.
Além dos que nunca se importaram. Ou os que nem sabiam da existência (São meros figurantes, assim como também é para eles)
Agora não sabe o que é, o que quer ser, e por que deveria participar ou não disso.
É um espetáculo que não criou, mas que desde sua primeira atuação ajuda a escrever, e a dirigir.
Às vezes foge do esperado, e é preciso dar uma bronca. QUE BRONCA!
Às vezes acaba-se a criatividade e deixa o improviso correr solto.
Às vezes empresta seu lápis para que façam em seu lugar. E reza para que saibam fazer poesia, literatura... Qualquer coisa que faça digna sua história. Importante, memorável.
A pergunta aluga um espaço todos os dias em sua cabeça “entro ou não, entro ou não. O que farei lá?”.
Assistindo a esse filme se emociona, tem raiva, decepciona-se, ri.
Logo percebe e o efeito da representação naquele lugar a transformou, até mesmo quando está aqui fora.
Pois a água tende a sair de seu rosto (são lágrimas tão reais, salgadas e quentinhas como a água do mar. Nossa! A água do mar, lembra a boa sensação de nadar).
Pois o sangue lhe sobe a cabeça e o corpo sente vontade de soltar energia, batendo em algo, jogando algo Que vontade de concertar o que está errado. De ensinar o bem aos que precisam.
Pois um barulho esquisito deixa sua boca aberta e sem ar, e enche sua alma. Faz tudo parecer maravilhoso. Os amigos em volta de uma mesa rindo da simplicidade de viver. Tão bom!
Pois os personagens que te esperam precisam de você. E você precisa deles. É um buraco nessa massa aqui de fora. É sem gosto. É sem cor.
O que espera, o que espera? Nada mais a questionar.
Quer o cachê de volta. Ou não. Pula até de graça. Quer essa experiência incrível. Essa oportunidade que não mais virá (assim por enquanto acha).
Viver.

8 de julho de 2009

Easy to fall, hard to keep

Lembro da primeira vez, que veio de repente, sem avisar. As pernas tremiam. O sangue subia na face, e o suor frio transpirava sobre a boca. Pergunto-me se todos perceberam, mas até hoje não tenho a mínima idéia. Na hora nada tinha foco, a mente não funcionava, e a paralisação do corpo acabava sendo a melhor reação. Qualquer movimento ou qualquer palavra que pulasse boca a fora, poderia ser catastrófico.
Essa situação tão esperada, e tão difícil de ser explicada... Ela durou pouco tempo. Mas viciou. Fortes doses dela passaram a ser injetadas em meu corpo constantemente. Circulava em minhas veias e eu já sabia... É para sempre.
Acontece que por um simples problema de evolução, nós, seres humanos, somos capazes de nos acostumar com qualquer situação. Acostumei-me. Tarde demais. O que se pode fazer?E tudo virou um jogo. As pernas, o rosto, a barriga, todos fazem parte desse complô.Adéquam-se às ocasiões, e possuem vontade própria. Até ignoram, se assim eu desejar.
Aqui está o novo prazer. É a graça de gerar a graça.
Encontrei então um novo dilema. Esse jamais se resolverá. Não há quem arrisque solucionar. Teorias, ilusão, e pura conspiração foram criadas para tentar disfarçar
Easy to fall in love. Hard to keep loving.

22 de junho de 2009

parte de mim, eu


Essa fantasia faz parte de mim. Sou eterna criança, e tenho milhões de personagens sim.
Vejo um filme, e incorporo com prazer. Essa renovação me traz alegria e dá vontade de viver.
Posso ser má, ou a perfeita cinderela. Às vezes sinto dor, Às vezes sinto falta dela.
Mas sempre preencho a alma. E admito, nunca estou calma.
Corrijo minha afirmação. Se tranquilidade fizer parte do papel, então...
Quero mudar o mundo, mas sei que no próximo segundo...
Posso simplesmente não querer fazer nada. Só ficar parada.
Não pinto meus cabelos, mas faço questão de perucas pois logo vou revê-los.
Paro de comer, a magreza é perfeição. Como porque gosto não me importa o que acharão.
Acredito no amor, é tão bom deixar fluir. Amor não existe não adianta se iludir.

Ah se eu pudesse viver a cada dia uma nova experiência.
E fazer da arte irreal a minha melhor ciência.

Sinto amor, devoro humor, lacrimejo drama, berro o terror.
Transpiro aventura, suponho suspense, e a certa altura.. digo:

VIVO CINEMA, SOU CINEMA!

15 de junho de 2009

o dia depois D


de manhã, o primeiro barulho do dia a acorda.
abre os olhs mas o resto do corpo sente falta do movimento
o movimento traz dor.
seus oços foram retorcidos, sua carne amaciada...
e 50 pessoas pularam encima dela ao mesmo tempo.
fecha, desliga.
a cabeça grita e lhe espeta.
lhe espeta com 5 agulhas no pensamento
ao mesmo tempo.
nesse tempo não quer viver de novo
quer voltar, ou adiantar para a cura...
e depois da cura,
a palavra quem morre.
e as dores revivem.
é só questão de tempo...
pois é mais fácil ser humano sem esforço para enxergar a alegria.
é mais fácil ser humano e falcificá-la.
no momento.

pois é!

5 de junho de 2009

rooooonc

Agora como ar!
Como ar sem parar.
Tento muito me esforçar
Para disso não passar
O que fizer o ponteiro subir,
E o botão estourar
Vai fazer meu sorriso sumir
E a lagrima derramar
Se segura, se segura..
-Mas é só um pedacim
Você tem que ter postura
Sem fraquejar nem um poquim
Faltam 50 min, 20min, 5 min..
Nhac!
Ai, agora faltam 2 hras!

3 de junho de 2009

soul beats body


Sua mente sempre foi firme,
Firme enquanto a isso, só posso dizer.
Começa a bambear, bambear, bambear...
Está ficando confusa
-DROGAAAA!!! (ela grita)
Não era pra acontecer.
A alma engana, tenta dixar o corpo amolecer..
-Não! ele diz. Não vou cair mais na sua.

Agora sim já vi de tudo.
A alma ceder primeiro à tentação.
E assim se forma uma grande confusão.

Se esse alguém lhe dissesse..... Esse alguém,
É um alguém que não sabe que é o quem,
Se ele lhe dissesse "vamos"?
-Vamos curtir?

o corpo que costuma ser bem mais fraco..
daria um grande suspiro,
queimaria por dentro,
E retomando sua posição
Ele simplesmente diria:
-SIM!

29 de maio de 2009

untimed


respiraaa!!! respiraa!!!

nao, nao ha tempo pra respirar!

pensa..

pensar?? ahnw??

peraee!!!! nao dá pra perder o prazo.

para de falar, olhaí!!

eu vou, começo o era pra ter feito isso.

n tem tmp

nem p digtit

xa

...

...

...

fiuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu... POW!

__________________________________________________.

24 de maio de 2009

Sede


Se num momento me rejeitas, nem pense que é o fim
me rejetias? opa! como assim?
será que...
Não!
não tem como ser
tantas vezes me teve, sabe satisfazer.
que mal espero acontecer...

sede tenho... e nada faz sasiar
sabe quando o sangue esquenta e não tem como parar?

Explicação?
Nem do coração, nem da razão.
É animal então.
é animal, irracional, espiritual. tanto faz.
Vem, me tem, não quero paz.

Laura Calheiros 25 de maio de 2009