8 de setembro de 2009

Evidências de um crime

Evidências de um crime.
Precisava apagar. O papel amarelado, meio rasgado e manchado. Manchas das consequências amargas que causou.
A tinta espalhada no tapete, o grande tapete 3 por 3 da sala, carregado de poeira. A tinta do vidro quadrado, estraçalhado, cujo conteúdo não possi mais valor. É impossível recolher, mas marcará para sempre. O tapete será lavado e abandonado.
Mágoas que serão ignoradas.Evidências de energia.
BLACKOUT! Se dissipou. Era inconstante, oscilava.
E de propósito sua fonte acabou.
A energia, tinta vermelha, o vidro, o tapete...
O papel será queimado, e fogo não tem escolha.
Se pudesse cuspia fora. Sempre foi considerado o ódio e o pecado.
Não tem escolha, não tem. Erforcem-se para lembrar que ele também dá prazer. Que faz querer a vida.
O papel sim é o maldito. Guarda todo o rancor.
Aos poucos vai desaparecer como se nada tivesse acontecido.
Conseguiu escapar, e daí?
O fogo vai é discipar. AH, vai sim.
Espera só para ver. A energia se perde...
Claro que não! Sonha vai.
Ela se transforma. Roda, roda, roda.
E ela volta.
O papel queimou
O fogo calou
O tapete foi levado
O vidro esquecido
A evidência... ela volta.
Espera. Ela volta.