29 de outubro de 2009

A...

UNFINISHED

Precisar pederpara dar valor
É o sol que brilha todo dia, mas não notamos que seus raios são nossa visão
É como inspirar todo dia, sem agradecer por ter pulmão
É como viver a beira do mar, mas esquecer do privilégio de sentir a brisa entrar
É como viajar com a família pra onde fôr, e levar junto o computador
É como quando o caçula pula em você de manha na cama, Mas você só ignora e reclama
É quando surge o fruto na árvore do seu jardim bem cuidado, mas você o compra no supermercado.
É quando no verão começa a chover, mas você não quer se molhar nem se aquecer
É toda noite trocar um "sonhe comigo", e esquecer de agradecer por estar contigo
É ter uma boa música a tocar, e simplesmente não querer dançar
É ser desejado do jeito que você é, mas querer ter o perfil perfeito que o mundo quer
É alguém que pode engravidar, não querer procriar
É ter energia para viver, e esperar o tempo mover
É quando alguém quer saber como foi seu dia, e não consegue responder com alegria
É ver o nascer do sou com quem ama, enquanto suplica por uma cama

É ter você, e te deixar partir.

Laura Calheiros - 29/10/2009

8 de setembro de 2009

Evidências de um crime

Evidências de um crime.
Precisava apagar. O papel amarelado, meio rasgado e manchado. Manchas das consequências amargas que causou.
A tinta espalhada no tapete, o grande tapete 3 por 3 da sala, carregado de poeira. A tinta do vidro quadrado, estraçalhado, cujo conteúdo não possi mais valor. É impossível recolher, mas marcará para sempre. O tapete será lavado e abandonado.
Mágoas que serão ignoradas.Evidências de energia.
BLACKOUT! Se dissipou. Era inconstante, oscilava.
E de propósito sua fonte acabou.
A energia, tinta vermelha, o vidro, o tapete...
O papel será queimado, e fogo não tem escolha.
Se pudesse cuspia fora. Sempre foi considerado o ódio e o pecado.
Não tem escolha, não tem. Erforcem-se para lembrar que ele também dá prazer. Que faz querer a vida.
O papel sim é o maldito. Guarda todo o rancor.
Aos poucos vai desaparecer como se nada tivesse acontecido.
Conseguiu escapar, e daí?
O fogo vai é discipar. AH, vai sim.
Espera só para ver. A energia se perde...
Claro que não! Sonha vai.
Ela se transforma. Roda, roda, roda.
E ela volta.
O papel queimou
O fogo calou
O tapete foi levado
O vidro esquecido
A evidência... ela volta.
Espera. Ela volta.

24 de julho de 2009

Com vocês... na tela de hoje...

Abandonada. Olhando agora de fora do mundo. Olhando diante duma tela para um filme do qual foi jogada para fora.
Há quem te espere lá dentro... Quem te procure na cena em que antes estava e que como mágica o deixou vazio. É uma dos únicos personagens em seu filme que lhe fazem falta realmente. E que te fazem querer mergulhar novamente naquele quadrado que ilumina e ilude, a vida.
Há os que não notam. Ou notam, e esquecem.
Os que deixam passar despercebido, e os que fingem se importar.
Além dos que nunca se importaram. Ou os que nem sabiam da existência (São meros figurantes, assim como também é para eles)
Agora não sabe o que é, o que quer ser, e por que deveria participar ou não disso.
É um espetáculo que não criou, mas que desde sua primeira atuação ajuda a escrever, e a dirigir.
Às vezes foge do esperado, e é preciso dar uma bronca. QUE BRONCA!
Às vezes acaba-se a criatividade e deixa o improviso correr solto.
Às vezes empresta seu lápis para que façam em seu lugar. E reza para que saibam fazer poesia, literatura... Qualquer coisa que faça digna sua história. Importante, memorável.
A pergunta aluga um espaço todos os dias em sua cabeça “entro ou não, entro ou não. O que farei lá?”.
Assistindo a esse filme se emociona, tem raiva, decepciona-se, ri.
Logo percebe e o efeito da representação naquele lugar a transformou, até mesmo quando está aqui fora.
Pois a água tende a sair de seu rosto (são lágrimas tão reais, salgadas e quentinhas como a água do mar. Nossa! A água do mar, lembra a boa sensação de nadar).
Pois o sangue lhe sobe a cabeça e o corpo sente vontade de soltar energia, batendo em algo, jogando algo Que vontade de concertar o que está errado. De ensinar o bem aos que precisam.
Pois um barulho esquisito deixa sua boca aberta e sem ar, e enche sua alma. Faz tudo parecer maravilhoso. Os amigos em volta de uma mesa rindo da simplicidade de viver. Tão bom!
Pois os personagens que te esperam precisam de você. E você precisa deles. É um buraco nessa massa aqui de fora. É sem gosto. É sem cor.
O que espera, o que espera? Nada mais a questionar.
Quer o cachê de volta. Ou não. Pula até de graça. Quer essa experiência incrível. Essa oportunidade que não mais virá (assim por enquanto acha).
Viver.

8 de julho de 2009

Easy to fall, hard to keep

Lembro da primeira vez, que veio de repente, sem avisar. As pernas tremiam. O sangue subia na face, e o suor frio transpirava sobre a boca. Pergunto-me se todos perceberam, mas até hoje não tenho a mínima idéia. Na hora nada tinha foco, a mente não funcionava, e a paralisação do corpo acabava sendo a melhor reação. Qualquer movimento ou qualquer palavra que pulasse boca a fora, poderia ser catastrófico.
Essa situação tão esperada, e tão difícil de ser explicada... Ela durou pouco tempo. Mas viciou. Fortes doses dela passaram a ser injetadas em meu corpo constantemente. Circulava em minhas veias e eu já sabia... É para sempre.
Acontece que por um simples problema de evolução, nós, seres humanos, somos capazes de nos acostumar com qualquer situação. Acostumei-me. Tarde demais. O que se pode fazer?E tudo virou um jogo. As pernas, o rosto, a barriga, todos fazem parte desse complô.Adéquam-se às ocasiões, e possuem vontade própria. Até ignoram, se assim eu desejar.
Aqui está o novo prazer. É a graça de gerar a graça.
Encontrei então um novo dilema. Esse jamais se resolverá. Não há quem arrisque solucionar. Teorias, ilusão, e pura conspiração foram criadas para tentar disfarçar
Easy to fall in love. Hard to keep loving.

22 de junho de 2009

parte de mim, eu


Essa fantasia faz parte de mim. Sou eterna criança, e tenho milhões de personagens sim.
Vejo um filme, e incorporo com prazer. Essa renovação me traz alegria e dá vontade de viver.
Posso ser má, ou a perfeita cinderela. Às vezes sinto dor, Às vezes sinto falta dela.
Mas sempre preencho a alma. E admito, nunca estou calma.
Corrijo minha afirmação. Se tranquilidade fizer parte do papel, então...
Quero mudar o mundo, mas sei que no próximo segundo...
Posso simplesmente não querer fazer nada. Só ficar parada.
Não pinto meus cabelos, mas faço questão de perucas pois logo vou revê-los.
Paro de comer, a magreza é perfeição. Como porque gosto não me importa o que acharão.
Acredito no amor, é tão bom deixar fluir. Amor não existe não adianta se iludir.

Ah se eu pudesse viver a cada dia uma nova experiência.
E fazer da arte irreal a minha melhor ciência.

Sinto amor, devoro humor, lacrimejo drama, berro o terror.
Transpiro aventura, suponho suspense, e a certa altura.. digo:

VIVO CINEMA, SOU CINEMA!

15 de junho de 2009

o dia depois D


de manhã, o primeiro barulho do dia a acorda.
abre os olhs mas o resto do corpo sente falta do movimento
o movimento traz dor.
seus oços foram retorcidos, sua carne amaciada...
e 50 pessoas pularam encima dela ao mesmo tempo.
fecha, desliga.
a cabeça grita e lhe espeta.
lhe espeta com 5 agulhas no pensamento
ao mesmo tempo.
nesse tempo não quer viver de novo
quer voltar, ou adiantar para a cura...
e depois da cura,
a palavra quem morre.
e as dores revivem.
é só questão de tempo...
pois é mais fácil ser humano sem esforço para enxergar a alegria.
é mais fácil ser humano e falcificá-la.
no momento.

pois é!

5 de junho de 2009

rooooonc

Agora como ar!
Como ar sem parar.
Tento muito me esforçar
Para disso não passar
O que fizer o ponteiro subir,
E o botão estourar
Vai fazer meu sorriso sumir
E a lagrima derramar
Se segura, se segura..
-Mas é só um pedacim
Você tem que ter postura
Sem fraquejar nem um poquim
Faltam 50 min, 20min, 5 min..
Nhac!
Ai, agora faltam 2 hras!

3 de junho de 2009

soul beats body


Sua mente sempre foi firme,
Firme enquanto a isso, só posso dizer.
Começa a bambear, bambear, bambear...
Está ficando confusa
-DROGAAAA!!! (ela grita)
Não era pra acontecer.
A alma engana, tenta dixar o corpo amolecer..
-Não! ele diz. Não vou cair mais na sua.

Agora sim já vi de tudo.
A alma ceder primeiro à tentação.
E assim se forma uma grande confusão.

Se esse alguém lhe dissesse..... Esse alguém,
É um alguém que não sabe que é o quem,
Se ele lhe dissesse "vamos"?
-Vamos curtir?

o corpo que costuma ser bem mais fraco..
daria um grande suspiro,
queimaria por dentro,
E retomando sua posição
Ele simplesmente diria:
-SIM!

29 de maio de 2009

untimed


respiraaa!!! respiraa!!!

nao, nao ha tempo pra respirar!

pensa..

pensar?? ahnw??

peraee!!!! nao dá pra perder o prazo.

para de falar, olhaí!!

eu vou, começo o era pra ter feito isso.

n tem tmp

nem p digtit

xa

...

...

...

fiuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu... POW!

__________________________________________________.

24 de maio de 2009

Sede


Se num momento me rejeitas, nem pense que é o fim
me rejetias? opa! como assim?
será que...
Não!
não tem como ser
tantas vezes me teve, sabe satisfazer.
que mal espero acontecer...

sede tenho... e nada faz sasiar
sabe quando o sangue esquenta e não tem como parar?

Explicação?
Nem do coração, nem da razão.
É animal então.
é animal, irracional, espiritual. tanto faz.
Vem, me tem, não quero paz.

Laura Calheiros 25 de maio de 2009

23 de maio de 2009

É ela!

Ela faz questão de aparecer
Pois está no mundo visual
Não faz nem esforço pra entender
É um mundo animal

90% de gloss, 10% de confiança
É nisso que acredita
Precisa arrasar na dança
Todo mundo amar e achar bonita

Usa tecido puro
E fica com alma a elevada
Se o tecido é duro
Não adianta, fica desolada

Sua pele é como seda
E seu cheiro é de abismar
Faz com que qualquer um seda
À fraqueza de amar

De fútil lhe chamam
Ignorante e sem coração
Não admitem q se encantam
Sem precisar de uma razão

Sua voz hipnotiza
Usa palavras pra cativar
Consegue tudo que precisa
É assim sem negar.

Brilha, pra cima, pra baixo
Pra um lado, para o outro.
Não para.

Laura Calheiros, 22/05/2009

21 de maio de 2009

Despejo


Na rua. Nunca pensei.
Estou na rua e minha alma tem frio. Nunca pensei.
A colcha agora está rasgada.
As mãos engilhadas.
Os lábios roxos tentam esconder o bater dos dentes.
Nao conseguem. Nunca pensei.
Meus olhos expressam o branco interior. O branco exterior, vazio.
O interior é vazio.
Meu corpo tende a curvar.
Minha mente começa a desistir de resistir, de estender a mão.
Não penso. Nunca pensei.
Não solto mais nenhuma palavra.
O som congelaria no ar.
Conformação com o que me resta.
Não. Foi tudo em vão.
Nunca pensei, e em instantes nunca mais pensarei.

Laura Calheiros, 21 de Maio de 2009

20 de maio de 2009

Antigo conto

A saída estava logo ali. Tinha os motivos, a razão, e tudo a seu favor para atravessá-la. Faltava a coragem. Coragem? Meu amigo disse que pularia, e pulou. Faltou a coragem. A coragem de enfrentar a vida. Tem muita gente que tenta, e muita gente que apenas se arrasta por ela entregando-a ao destino. Ou é à sorte, ou é à coincidência?
Pois é, ali estava: marrom; escancarada; daquelas lisas sem um pingo de extravagância ou luxúria. Um belo trinco redondo e dourado. E a luz do outro lado... Ah! Era a luz da incerteza. Incerteza? Incerteza minha tia teve naquela época em que o filho estava domado. Domado pela química substância que dá o prazer de destruir sua vida. Era incerteza se o deixava enxergar sozinho, se fingia não saber, ou se lutava. Se apenas lutava por ele. Nesse caso, uma falha traria maior decepção e inconformação do que tudo. Destino? Ou é sorte? Ou é coincidência?
Pois é, significava mudança. O lugar em que estava o deixava solitário. Não tinha muito o que fazer. Era leitura ou conversa. Ler era algo que não tinha costume. Mal sabia soletrar o próprio nome. E a conversa era com uma gente não muito agradável, não exatamente a companhia que esperava ter quando crescesse. Mas do outro lado havia mudança? Para melhor ou pior?
Mudança é quando em cem anos a sociedade redefine sua organização de liderança do estado. Mudança é quando o corte de cabelo o tira da cintura para os ombros. Mudança é também quando se perde o trabalho, depois a casa, e então a esposa para o novo riquinho que ocupa seu ex-cargo, e depois os filhos para a esposa na justiça. É destino? Ou é sorte? Ou é coincidência?
Pois é. Com os sentimentos à tona, era questão de preferência. Se tivesse preferência, se tivesse coragem, se quisesse mudança. Era pôr em questão tudo o que aprendera de valores. E se o tempo nesse lugar escuro em que se encontrava por quase 20 anos acabara com seus valores? E se os valores não fossem os certos como pensava que eram.
A porta estava aberta. Destino, sorte coincidência... Destino, sorte, coincidência...
Encheu o peito de ar, e com o relógio que indicava as 12:00 de um provável dia ensolarado, deu seus três passos e mergulhou no..
Destino? Ou na sorte? Ou na coincidência?

Laura Calheiros Gomes Ribeiro
21 de março de 2007