8 de julho de 2009

Easy to fall, hard to keep

Lembro da primeira vez, que veio de repente, sem avisar. As pernas tremiam. O sangue subia na face, e o suor frio transpirava sobre a boca. Pergunto-me se todos perceberam, mas até hoje não tenho a mínima idéia. Na hora nada tinha foco, a mente não funcionava, e a paralisação do corpo acabava sendo a melhor reação. Qualquer movimento ou qualquer palavra que pulasse boca a fora, poderia ser catastrófico.
Essa situação tão esperada, e tão difícil de ser explicada... Ela durou pouco tempo. Mas viciou. Fortes doses dela passaram a ser injetadas em meu corpo constantemente. Circulava em minhas veias e eu já sabia... É para sempre.
Acontece que por um simples problema de evolução, nós, seres humanos, somos capazes de nos acostumar com qualquer situação. Acostumei-me. Tarde demais. O que se pode fazer?E tudo virou um jogo. As pernas, o rosto, a barriga, todos fazem parte desse complô.Adéquam-se às ocasiões, e possuem vontade própria. Até ignoram, se assim eu desejar.
Aqui está o novo prazer. É a graça de gerar a graça.
Encontrei então um novo dilema. Esse jamais se resolverá. Não há quem arrisque solucionar. Teorias, ilusão, e pura conspiração foram criadas para tentar disfarçar
Easy to fall in love. Hard to keep loving.

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